1.4.07

Coisas várias sobre Barcelona, Catalunya, Català e Castellano VI

Pronto, em jeito de regresso vou-me sair com uma saída (ai o pleunasmo!) assim pó convencida:

Um diálogo tido não há muito tempo na embaixada lomográfica* de Barcelona (e obviamente traduzido à lingua de Pessoa *):

- Boa tarde!
- Boa tarde! Diz por favor...
- Vim aqui porque um dos filtros do meu flash* encravou!
- Deixa cá ver...
(passei-lhe o flash para a mão)
- Tratamos já disso! Mas... há quanto tempo é que o compraste? É que não me lembro da tua cara!.
- Há coisa de três meses. Mas não o comprei aqui, comprei-o em Portugal.
- E porque raio é que foste comprar o flash a Portugal?
- É que sou Portuguesa!
- Estás a gozar? Mas então estás ca há muito tempo, é?
- Mais ou menos à 5 meses.
- Ah! Tens alguem espanhol na família?
- Não.
- Então como é falas perfeitamente o Castelhano, sem sotaque nem nada?
- Fui aprendendo com as pessoas.
- Déu n'hi do!* Parabéns! Bem, aqui tens o teu flash. Obrigada e vai passando!
- Obrigada. Adeus e até breve!

E foi assim que descobri que, dizem, tenho jeito para as línguas... (podia fazer um trocadilho porco, mas por hoje vou abster-me disso).

Beijos a todos


* Para quem não sabe o que é lomografia pulse aqui.
Digo língua de Pessoa e não de Camões, primeiro porque esta gente fala língua de ciganos e não de pessoas (ai o comentário xenófobo), e depois porque o Camões falava (a meu ver) Galaico-Português, e já que hoje em dia teimam em separar o Galego do Português, então há que separar a língua de Camões daquela que foi utilizada para redigir este texto.
"Déu n'hi do!" é uma expressão difícil de traduzir, o meu dicionário faz a tradução livre de "Nada mal!", se alguém (NUNO!) tiver uma melhor que se acuse.
Por fim, para quem não percebeu como raio é que o meu flash tem filtros aqui vai uma foto